Eletroestimulação e a sequência de descanso

Um bom amigo de www.electroestimulacaodesportiva.com pediu-me o seguinte conselho:

“Olá Pedro:

Durante a fase de descanso do meu Compex, devo aumentar a intensidade ao mesmo nível que na fase de trabalho? Dessa forma, estarei a treinar melhor os meus músculos?

Obrigado.”

Quando treina com um programa de força, resistência ou tonificação, NÃO É RECOMENDÁVEL MODIFICAR A INTENSIDADE DA FASE DE DESCANSO, a menos que a sessão tenha sido interrompida e a intensidade da fase de relaxamento tenha ficado em pausa. O ideal e recomendável na maioria dos casos é que a fase de recuperação tenha metade da intensidade da fase de contração.

Ou seja, se está a treinar com uma intensidade de 50 unidades na fase de contração, a fase de descanso (que ocorre entre cada contração) não deve ultrapassar as 25 unidades.

Um programa de treino com electroestimulação, sem contar a fase de aquecimento e o retorno à calma, é composto por duas fases principais:

• Fase de contração: onde os músculos trabalham ativamente.
• Fase de descanso: onde os músculos relaxam e recuperam.

A duração de cada fase varia consoante o programa escolhido. Por exemplo:

• Programas para fibras lentas: podem incluir até 8 segundos de contração por 2 segundos de descanso.
• Programas para fibras rápidas: têm contrações mais curtas, de cerca de 2 segundos, seguidas de até 30 segundos de descanso.

Quando treina com um electroestimulador, a carga de trabalho aplicada aos músculos é muito superior à de um treino voluntário (desde que a intensidade utilizada seja adequada). Por isso, a fase de descanso é essencial para a recuperação muscular, pois permite que o sangue circule corretamente e ajude na regeneração dos tecidos entre cada contração.

Se não respeitar esta fase e aumentar demasiado a intensidade na fase de descanso, estará a sobrecarregar os músculos, o que pode levar a fadiga excessiva e comprometer a eficácia do seu treino.

Lembre-se mais uma vez:

NÃO se deve modificar a intensidade da fase de descanso durante o treino. Como regra geral, esta fase deve ter metade da intensidade da fase de contração.

Isto é diferente em alguns programas de reabilitação para aliviar dores ou desconfortos, nos quais pode ser necessário reduzir a fase de descanso a zero. Mas esse é um tema que abordaremos noutro artigo.

Seja feliz!

Pedro García