E chegamos à corrida a pé. Nadou, andou de bicicleta e agora resta-lhe a corrida a pé. Levou com uma baliza em cima e ainda lhe resta um longo caminho de agonia.
Uma musculatura bem preparada e fortalecida ajudá-lo-á a suportar muito melhor o triatlo, e se o pratica bem, até tem a garantia de conseguir um melhor tempo do que quando não treinava com eletroestimulação. O treino com eletroestimulador é um complemento ideal para conseguir melhorar o seu próprio tempo.
Na série de treinos para triatlo com eletroestimulação propusemos-lhe anteriormente um treino para natação e um treino para ciclismo cujo objetivo é fortalecer e sobretudo dar resistência aos músculos que intervierem no triatlo. Neste artigo, trataremos o treino com eletroestimulação para correr a pé.
Destes treinos com eletroestimulação temos já preparados os quadríceps, músculos que intervêm na corrida a pé, pelo que apenas nos faltaria fortalecer os isquiotibiais e os gémeos.
Como tem vindo a comprovar nos artigos anteriores desta série de treinos, não queria que estivesse muito tempo conectado aos cabos, por isso vamos fazer um treino conjunto dos dois grupos musculares para otimizar ao máximo o tempo de treino.
Para este treino necessitará de 8 adesivos condutores dos grandes (5X10)
Coloque 2 adesivos condutores no isquiotibial e outros 2 no gémeo de cada perna. Um, na parte alta do músculo e o outro próximo aos pontos motores de cada músculo.
Coloque um cabo por adesivo condutor, de tal maneira que o polo negativo do cabo fique na parte alta do músculo e o polo positivo no elétrodo próximo ao ponto motor. Desta maneira terá cobertos os dois isquiotibiais e os dois gémeos com um cabo com dois polos por grupo muscular, claro com um eletroestimulador de 4 saídas. Se o seu eletroestimulador tem apenas 2 saídas, terá que utilizar o dobro do tempo e treinar primeiro uma perna e depois a outra.
Se o seu eletroestimulador tem cabo MI, coloque-o no isquiotibial. Assim digitalizar esse músculo e conseguir uma cronaxia mais pequena do que se o fizesse no gémeo. Desta maneira, a eletroestimulação será mais suave e menos agressiva.
Assim que estiverem todos os cabos conectados, a posição para fazer o treino de eletroestimulação será de pé e com uma mesa ou alguma parede ou objeto fixo próximo, para que possa agarrar-se quando tenha uma contração.
O programa para treinar será o Resistência Aeróbica nível 1 e a intensidade deve variar em cada desportista, podendo oscilar entre 50 e 150 energias, ou entre 10 e até um máximo de 15 miliampérios. Varia tanto porque algumas pessoas têm muita sensibilidade na pele dos isquiotibiais, e ainda que muscularmente aguentem, a sensação de picada na pele impede-os de aumentar a intensidade
Seria ideal que chegasse a uma intensidade de 100 energias ou 12 miliampérios para que possa começar a notar os efeitos do treino. Lembre-se que nas primeiras semanas terá muitas dores musculares. É normal, já que estes músculos não estão tão fortes como acreditávamos. A partir da terceira semana as dores musculares começarão a ser suportáveis e poderá aumentar a intensidade com muita mais facilidade e menos dor.
Uma vez por semana será suficiente para começar a ter uns isquiotibiais e gémeos fortes e assim poderá enfrentar a corrida a pé do triatlo com muita mais preparação e confiança.
De acordo com o meu ponto de vista, é fundamental ter preparado o bíceps femoral para realizar uma boa corrida a pé, já que este é o grupo muscular que nos impulsiona para a frente.
Este será um treino muito básico mas eficaz que o ajudará a melhorar a resistência na disciplina da corrida a pé com a ajuda da eletroestimulação.
Seja Feliz
Pedro García