Quando comecei a dedicar-me ao mundo da eletroestimulação, uma das minhas maiores surpresas foi descobrir que o tenista André Agassi realizava os seus treinos com electroestimulador. O seu treino dividia-se em duas partes. Trabalho em pista, para adquirir alguma técnica e trabalho com sessões de electroestimulação para conseguir energia, força e resistência. Isto levou-o a uma melhoria significativa, coisa que o fez subir do lugar 300 para o número 1 do ATP.
É evidente que a eletroestimulação também se pode aplicar a muitos outros desportos, para além do ciclismo e da corrida. Pode aplicar-se a quase todos, e digo quase todos porque, por exemplo, o xadrez é um desporto, e poderia pensar que não é necessário, mas digo-lhe que uma boa massagem nas costas, depois de uma stressante partida, não cai nada mal.
Nos desportos de raquete como o Ténis, Padel, Squash… os músculos implicados nos movimentos, também podem ser estimulados e conseguir-se uma melhoria importante, se utilizarmos a electroestimulação.
E quais os treinos que podemos utilizar nestes desportos?
São muitos os grupos musculares implicados e diferentes os programas a utilizar.
As pernas: Temos de desenvolver um bom plano de treino com o eletroestimulador, para aguentar as mais longas partidas, por vezes superiores a 2 horas. A resistência terá de ser trabalhada duas vezes por semana.
Abdominais e lombares: A cintura pélvica neste desporto é fundamental, uma vez que fará com que o corpo estabilize e possa enviar golpes com mais qualidade. É necessário trabalhá-la de modo focalizado, na pré-temporada e realizar exercícios de manutenção e fortalecimento a cada 10 dias.
Braços: Já reparou nos braços de Rafael Nadal? É necessário ter força nos braços para poder transmiti-la à raqueta e desta para a bola. Utilizar a eletroestimulação uma vez por semana, será suficiente para mantê-los fortes.
Dorsal: É obrigatório ter este músculo bem treinado para realizar um saque potente, uma e outra vez sem sentir cansaço. No dia em que treinar os braços, pode também fazer este treino, encurtando assim o tempo dedicado à eletroestimulação.
E não só os programas de eletroestimulação para o treino, como também os de massagens que ajudam a relaxar as costas e pernas, eliminar contraturas de difícil acesso nas costas, dorsais e pernas, e sobretudo uma ajuda para eliminar, reforçar e prevenir o incómodo “cotovelo de tenista”.
Uma combinação de trabalho voluntário e sessões com o seu eletroestimulador ajudá-lo-ão a chegar mais longe no seu desporto de raquete, quer seja Ténis, Squash, Padel, Badminton…
Seja feliz
Pedro García